Carrapatos e pulgas estão entre os parasitas externos mais comuns e perigosos que afetam cães e gatos, representando não apenas um incômodo físico, mas também uma séria ameaça à saúde. Esses parasitas se alimentam do sangue dos animais e, durante esse processo, podem transmitir uma série de doenças graves. Os carrapatos, por exemplo, são vetores da erliquiose e da babesiose, doenças que comprometem o sistema sanguíneo do pet, podendo causar anemia, febre alta, apatia e, em casos mais severos, levar até à morte. Já as pulgas, além de causarem coceira intensa, alergias e dermatites, podem transmitir verminoses e enfraquecer o sistema imunológico. O perigo está justamente na facilidade de infestação: basta um único parasita para comprometer a saúde do animal, e por isso a prevenção e o controle são fundamentais para garantir qualidade de vida.
O diagnóstico das doenças transmitidas por carrapatos e pulgas requer atenção especial. No caso da erliquiose e da babesiose, os sintomas iniciais podem incluir febre, falta de apetite, letargia e mucosas pálidas, sinais que muitas vezes passam despercebidos pelos tutores. Exames laboratoriais de sangue são essenciais para identificar alterações como anemia, queda de plaquetas e a presença do agente infeccioso. Já no caso de pulgas, a observação direta no pelo do animal ou a identificação de fezes de pulga – pequenos pontos pretos – ajudam no diagnóstico. O tratamento varia de acordo com a doença: no caso das transmitidas por carrapatos, antibióticos e medicamentos específicos são necessários para combater o agente, enquanto nos quadros de infestação por pulgas, é fundamental o uso de antiparasitários tópicos ou orais, associados à higiene rigorosa do ambiente.
A prevenção é a forma mais eficaz de proteger os pets contra esses parasitas e as doenças que eles transmitem. Atualmente, existem diversas opções no mercado, como pipetas, comprimidos mastigáveis, coleiras antiparasitárias e sprays, que ajudam a manter cães e gatos livres de carrapatos e pulgas. Mas não basta tratar apenas o animal: o ambiente também deve ser higienizado com frequência, já que os ovos e larvas desses parasitas podem permanecer por semanas em cantos da casa, tapetes e frestas de móveis. Consultas regulares ao veterinário e o cumprimento de protocolos preventivos garantem que, mesmo em épocas de maior infestação, como períodos quentes e úmidos, o risco de transmissão de doenças seja reduzido. Em resumo, carrapatos e pulgas vão muito além do incômodo da coceira: são transmissores silenciosos de enfermidades perigosas, e cabe ao tutor agir de forma preventiva para proteger a vida e o bem-estar do seu pet.


